Noutros litorais
Por que não vais desaguar noutros litorais?
Por que minhas areias ainda tocam teus pés?
Bastou que a memória enferma de meu semblante batizasse tua consciência para que, novamente, viestes a mim?
Tu, que por mim não choras, nem transborda, nem seca, nem permanece?
Há de beber da fonte que mantém teu vale rico, de provar do fruto que cresce na aridez dos teus próprios cabelos.
Serei paraíso dourado às águas que aqui vêm banhar os corais e os rochedos.
É fim de tarde, e nosso amor recua a passos de maré.
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